FEE divulga estudo da Evolução Populacional dos Coredes e suas Migrações

A Fundação de Economia e Estatística oferece um conjunto de dados demográficos que auxiliam a conhecer a dinâmica populacional das regiões  e contribuem para a qualificação dos planos estratégicos de desenvolvimento regional que os Coredes vão atualizar em seu encontro anual hoje e manhã, 16 e 17, na Unicruz, em Cruz Alta. O tema do XIX Encontro Anual de Avaliação e Planejamento dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul este ano é o papel dos Coredes no RS frente às ações de implementação do planejamento estratégico regional integrado. A FEE disponibilizou informações de variáveis demográficas de cada um dos 28 Coredes.

O Núcleo de Demografia e Previdência da FEE disponibiliza as séries históricas da participação populacional de cada Corede em relação ao estado nos últimos dez anos, assim como os percentuais por sexo e os percentuais populacionais nas faixas etárias de 0 a 14 anos e de 65 anos ou mais. “Através dos microdados da amostra do Censo 2010, elaborou-se um estudo inédito sobre as trocas migratórias de cada Corede com as demais regiões do estado e com as outras unidades federativas para o período entre 2005 e 2010, estratificando por perfil de sexo, idade e escolaridade. Identificou-se, também, a relação com os Coredes para onde mais se perdeu e de onde mais se ganhou habitantes ao fim das trocas migratórias”, explica Pedro Zuanazzi, estatístico coordenador do Núcleo.

Segundo Zuanazzi,  sete Coredes apresentaram taxas líquidas migratórias ( divisão do saldo migratório entre 2005 e 2010 e a população em 2010) positivas no período. Isto é, ganharam população em decorrência das migrações. “O RS é um estado que vem perdendo população por migração com os demais estados, ainda que não seja em grande escala, e o período entre 2005 e 2010 não foi exceção. Dessa forma, é natural que a maioria dos Coredes apresente taxa líquida migratória negativa nas trocas com os demais Coredes e as demais UFs”, explica.

De acordo com o levantamento, as exceções ficaram por conta dos Coredes Litoral, Serra, Vale do Caí, Vale do Taquari, Hortênsias, Paranhana-Encosta da Serra e Produção, que obtiveram, respectivamente, as taxas líquidas migratórias de 6,61%, 3,09%, 2,76%, 2,01%, 1,17%, 0,81% e 0,01%.

Entre os 23 Coredes que obtiveram taxas negativas, as maiores perdas relativas foram apresentadas pelo Médio Alto Uruguai (-6,37%), Celeiro (-5,40%), Alto da Serra do Botucaraí (-4,69%), Fronteira Oeste (-4,38%) e Missões (-4,06%). “Destacam-se, também, os Coredes que obtiveram as maiores perdas de pessoas com nível alto de instrução. Com taxas variando de -16,3% a -8,9%, os Coredes que acumularam as perdas mais agravantes no nível de escolaridade alta foram Celeiro, Campos de Cima da Serra, Alto Jacuí, Missões e Médio Alto Uruguai. Como em todos os casos a maioria dos migrantes é formada por pessoas na faixa etária de 20 a 34 anos, isso representa a perda de jovens qualificados”, destaca Zuanazzi.

A abertura deverá contar com presença do governador José Ivo Sartori. Ao longo da programação, haverá painéis e palestras sob responsabilidade de lideranças ligadas às Regiões Funcionais e a entidades públicas e privadas, painel sobre as perspectivas para o desenvolvimento regional integrado, debates e a deliberação da carta do Encontro.

Todas as atividades são abertas à comunidade.

Acesse abaixo o material sobre a evolução populacional dos Coredes e suas migrações:

 

Sandra Bitencourt- Jornalista