Neste trabalho defendemos o ponto de vista de que, via de regra, as economias de escala especificamente internas à planta geram diferenciais de custo pouco expressivos entre grandes empresas e MPMEs organizadas em Distritos Industriais Marshallianos (DIMs) e/ou em outras formas de redes horizontais e verticais. De outro lado, as economias de escala realmente expressivas – que são as economias de especialização e as economias de escala pecuniárias internas à firma ou à organização – são passíveis de plena apropriação pelas MPMEs organizadas em redes e distritos. Desta forma, haveria que se rever duas teses consagradas entre economistas políticos heterodoxos: 1) que a centralização e a concentração da propriedade são inexoráveis; 2) que – por conseqüência – as políticas públicas de apoio às MPMEs e à democratização da propriedade estão fadadas ao fracasso no longo prazo.
Economias de Escala e a Questão dos Limites e Possibilidades de uma Política Econômica de Redistribuição dos Meios de Produção
Textos para Discussão FEE, n.22 (2007) - ISSN 1984-5588
Autor(es):
Carlos Águedo Paiva