Seminário discute desenvolvimento humano em Porto Alegre

Na última sexta-feira, 27, ocorreu o Seminário Porto Alegre em Análise 2015, no auditório da FEE, reunindo cerca de cem pessoas. O evento foi promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre com a proposta de realizar reflexões sobre a cidade, que completou 243 anos no dia 26 de março. Na sua terceira edição, o evento discutiu o Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e das Regiões do Orçamento Participativo.

A mesa de abertura foi composta pelo Diretor Técnico da FEE, Martinho Lazzari, o Diretor Superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (METROPLAN), Pedro Bisch Neto, o Secretário Municipal de Governança Local, Cezar Busatto, e o Coordenador do Observatório da Cidade de Porto Alegre (ObservaPOA), Rodrigo Rangel. Os dirigentes ressaltaram a importância de um evento que busque compreender a realidade local em suas especificidades e também na comparação com o contexto nacional. Um dos eixos centrais da discussão eram “as cidades” que existem dentro da cidade de Porto Alegre, para compreender as particularidades de cada região e as desigualdades existentes.

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Secretário de Governança, Cézar Busatto (E) e Diretor Técnico da FEE, Martinho Lazzari

 

Em uma das palestras, a economista da FEE Cristina Maria dos Reis Martins analisou as disparidades na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Os dados permitem um olhar mais aprofundado das disparidades na área metropolitana, com a identificação de áreas críticas, onde existem problemas que persistem ao longo do tempo”, avalia. A economista entende que, embora as tendências mundiais de desenvolvimento humano sejam positivas, é necessário entender-se o grau de solidez dessas conquistas, porque a erradicação da pobreza não passa apenas por chegar ao nível zero, mas também por manter esse patamar: “Há um alerta para avaliar os progressos de desenvolvimento alcançados e perceber se não há risco de indivíduos regressarem a uma situação de pobreza, por conta de fatores estruturais e vulnerabilidades persistentes. Por isso é preciso aprofundar a análise dos indicadores socioeconômicos e também realizar estudos antropológicos, para trabalhar em conjunto com as comunidades na construção de políticas públicas”.

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Cristina Maria dos Reis Martins (E), economista da FEE; Esteban Santana Carrion, economista da METROPLAN;  pedagoga e pesquisadora do ObservaPOA Liane Bayard