FEE apresenta na Expointer os principais números do agronegócio

A agropecuária representa ao redor de 10 % do Produto Interno Bruto gaúcho. Mas a contribuição é de fato bem maior que esse percentual do PIB.  “A agropecuária é fonte de demanda para máquinas e implementos, defensivos e fertilizantes. Também provê a oferta de matéria-prima para as principais atividades industriais, como alimentação, fumo e biocombustível. Isso significa que aproximadamente 30% do valor da produção industrial do Estado estão conectados ao agronegócio”, destaca o economista Rodrigo Feix, coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE.  Feix e o economista Sérgio Leusin, também pesquisador do Núcleo, serão os palestrantes do Painel do Agronegócio do RS, promovido pela FEE na próxima sexta-feira, 01 de setembro, às 10 horas,  no Auditório da Administração do Parque Assis Brasil, durante a 40ª Expointer, em Esteio.

Na ocasião serão lançadas duas publicações: Painel do agronegócio do RS e Estatísticas da proteína animal do RS.

A publicação Painel do Agronegócio do RS (acesse aqui a edição de 2016) é um amplo conjunto de informações sobre o agronegócio, em suas diferentes dimensões, disponibilizado no site da FEE desde 2015 , com cerca de 20 mil acessos e downloads por ano.  O objetivo é contribuir para as análises estruturais e conjunturais, ampliando o entendimento da sociedade sobre o papel desse setor no processo de desenvolvimento econômico gaúcho e brasileiro.Os dados informam sobre pecuária, agricultura, máquinas e implementos. A análise dos dados de 2017 mostra que este é um ano de recuperação, mas com baixa rentabilidade para o produtor. “Do início dos anos 2000 até 2014 a agropecuária foi o setor que mais contribuiu para garantir taxas positivas de crescimento. Mas o setor não foi imune à crise. Em 2016, houve crescimento zero devido às interferências climáticas que prejudicaram o rendimento por hectare. Com exceção da soja, houve redução na produtividade. Já 2017  é um ano de safra agrícola recorde, mas os custos de produção, associados ao dólar e a alta de combustível, determinaram uma rentabilidade baixa, pior do que no ano passado. É um ano de grande safra, mas sem a pujança esperada”, analisa Feix.

A publicação Estatísticas da proteína animal do RS é um produto novo, resultado de um termo de cooperação entre a FEE e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS (SEAPI). A Fundação está sistematizando as estatísticas da proteína animal no Estado, que incluem aves, suínos e bovinos. “Os dados eram até então restritos para uso interno da Secretaria. A FEE está transformando esses dados em estatísticas para acesso público”, explica Feix.

A publicação da análise será semestral e a atualização das estatísticas acontecerá mensalmente.

 

Sandra Bitencourt- Jornalista