A Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgou nesta quinta-feira (16) que foi registrado saldo positivo de empregos formais celetistas no agronegócio do Rio Grande do Sul, no mês de janeiro. O número de admissões (18.643) foi superior ao de desligamentos (12.658), resultando na criação de 5.985 postos de trabalho com carteira assinada. “Historicamente, o mês de janeiro é caracterizado pela ocorrência de saldos positivos de empregos no agronegócio gaúcho, fenômeno explicado, sobretudo, pela mobilização de mão de obra para a safra de verão”, analisa Rodrigo Feix, Coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE. Essa variação positiva representa um aumento de 1,9% no número de empregos do setor em relação a dezembro de 2016.
O movimento de criação de empregos em janeiro foi determinado, principalmente, pelo desempenho do segmento “dentro da porteira”, formado por atividades características da agropecuária (mais 6.452 postos). O setor com maior abertura de vagas foi o de produção de lavouras permanentes (mais 5.725 postos), influenciado pela sazonalidade da cultura da maçã, que, nos primeiros meses do ano, demanda mão de obra para a colheita, sobretudo nas regiões da Serra e dos Campos de Cima da Serra. “No setor de lavouras temporárias (mais 893 postos), com o avanço no desenvolvimento das culturas agrícolas de verão, o ritmo de contratações também cresceu, sobretudo nas atividades de cultivo de cereais e da soja”, explica Feix.
No segmento “depois da porteira”, composto predominantemente de atividades agroindustriais, também houve criação de empregos, principalmente no setor de fabricação de produtos do fumo (737 postos), de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais (610 postos) e de fabricação de bebidas alcoólicas (330 postos). O destaque negativo nesse segmento foi o setor de fabricação de conservas, que registrou a perda de 1.315 postos de trabalho no Rio Grande do Sul.
O segmento “antes da porteira” foi o único a registrar saldo negativo de empregos em janeiro. O resultado negativo é explicado, principalmente, pelas demissões no setor de fabricação de sementes e mudas certificadas (menos 1.098 postos).
Íntegra dos dados aqui.
Anelise Rublescki – Jornalista