Desemprego se mantém estável em junho na Região Metropolitana

A taxa de desemprego total apresentou estabilidade entre maio e junho de 2016 na Região Metropolitana de Porto Alegre, passando de 10,2% para 10,3% da População Economicamente Ativa (PEA). Os dados da PED-RMPA foram divulgados nesta quarta-feira (25) por FEE, DIEESE e FGTAS.

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Iracema Castelo Branco avalia o desempenho do mercado de trabalho em junho

Em junho, o número de desempregados foi estimado em 196 mil pessoas, mil a mais do que no mês anterior. Esse resultado ocorreu devido à redução do nível ocupacional ter sido superior à saída de pessoas no mercado de trabalho. Na prática, isso significa que a oferta de vagas é menor mas o número de pessoas procurando emprego também diminuiu. “A Região Metropolitana de Porto Alegre perdeu 13 mil postos de trabalho e 12 mil pessoas saíram do mercado de trabalho, gerando por isso um aumento do número de desempregados em um mil. A saída dessas pessoas do mercado de trabalho fez com que não houvesse um aumento ainda mais forte da taxa de desemprego”, explica Iracema Castelo Branco, economista da FEE. A pesquisadora avalia que os possíveis perfis de pessoas que saem do mercado de trabalho se referem a quem já pode se aposentar, aos jovens que adiam a entrada no mercado de trabalho e ficam mais tempo só estudando, além das pessoas que retardam a busca por emprego aguardando um cenário mais propício.

Iracema avalia que essa estabilidade da taxa de desemprego em junho não significa um contexto favorável. “Os dados apontam para uma estabilidade na taxa nos últimos meses, mas em um patamar bastante elevado e que representa quase o dobro da taxa de desemprego observada dois anos atrás. Em junho de 2014, a taxa era 5,7%”.

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Da direita para esquerda, pesquisadores na divulgação: Iracema Castelo Branco, Rafael Caumo (Coordenador da PED-RMPA na FEE), Martinho Lazzari (Diretor Técnico da FEE), Michele Bohnert (Pesquisadora da FGTAS) e Virgínia Donoso (Pesquisadora do DIEESE)

Os dados apontam ainda que a indústria de transformação e o comércio foram os setores da atividade econômica que tiveram redução no número de ocupados. Além disso, o emprego assalariado com carteira assinada foi o mais afetado nesse período. Entre abril e maio de 2016, o rendimento médio real aumentou para o total de ocupados, assalariados e trabalhadores autônomos. Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.983, R$ 1.936 e R$ 1.746 respectivamente.

Confira os dados completos e as fotos da divulgação.

Gisele Reginato – Jornalista