Carta de Conjuntura: dificuldades para inovar e atividades principais dos municípios são os destaques

Das empresas industriais gaúchas que não desenvolveram projetos de inovação, entre 2012 e 2014, 60,0% declararam não necessitar devido às condições de mercado e 17,4% afirmaram não precisar em virtude das inovações prévias. Entretanto, 22,6% não o fizeram por dificuldades que impediram sua execução. Os dados acerca dos obstáculos e problemas para inovar, divulgados na última edição da Pesquisa de Inovação (Pintec), do IBGE, foram analisados pela pesquisadora da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Fernanda Queiroz Sperotto, na Carta de Conjuntura, nesta quinta-feira (10).

Pesquisadores da FEE Fernanda Sperotto, Guilherme Risco e Martinho Lazzari (Diretor-Técnico) , no lançamento da Carta de Conjuntura

Na pesquisa As barreiras e os novos desafios para inovar, a economista averigua os problemas e obstáculos a partir de três tipos de barreira: “econômica (custos envolvidos e fontes de recursos monetários disponíveis), técnica (qualificação de mão de obra, variedade e oferta de insumos, conhecimento tecnológico, estrutura organizacional e acesso a informação) e institucional (redes públicas e privadas de apoio, arcabouço legal de proteção de conhecimento, instituições de C&T, cooperação e relação empresa-consumidores)”. Esses impedimentos foram examinados tanto nas empresas que inovaram como nas que não inovaram.

Veja a íntegra da análise aqui.

Já o economista Guilherme Risco aborda as Principais Atividades no Valor Adicionado dos Municípios do RS. Na pesquisa, a partir da nova série de dados do Produto Interno dos Municípios, é identificada qual foi a atividade de maior participação no valor adicionado em cada um dos 497 município, e, a partir disso, quais mudanças ocorreram no período 2002-2014. Soja e comércio foram as atividades que mais se destacaram, em 2014, aparecendo como atividade principal em 134 e em 102 municípios, respectivamente. “É um estudo que permite acompanhar as atividades que mais geraram renda nas regiões do Estado, e as transformações que ocorreram nesse período. Observa-se que houve avanço da soja em regiões que antes eram destinadas predominantemente ao cultivo do milho ou à pecuária, além do crescimento da importância da renda gerada no comércio em diversos municípios gaúchos”, sintetiza Risco.

Veja a íntegra da análise aqui.

Outros temas abordados na Carta de Conjuntura da FEE em agosto:

A previsão do Resultado Primário estadual de 2002 a 2016

A transição dos jovens para a idade adulta e sua inserção no mercado de trabalho

Uma Ponte para o Futuro: balanço e crítica

Mudanças Climáticas: uma verdade inconveniente

Anelise Rublescki

Jornalista – FEE