Valor exportado pelo RS, para janeiro, é o menor desde 2009

Semimanufaturados ganham representatividade nas exportações gaúchas, em detrimento dos produtos básicos. Manufaturados registram a maior participação.

Em janeiro de 2016, as exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 810,6 milhões, uma redução de US$ 156,0 milhões em relação ao mesmo mês do ano anterior  (-16,1% em valor). Foi o menor valor exportado registrado no mês de janeiro desde 2009, quando as vendas externas atingiram US$ 704,5 milhões. O recuo nas receitas de exportação decorreu da forte retração dos preços (-16,8%), enquanto o volume embarcado para o exterior mostrou um ligeiro aumento, de 0,8%. Assim, o estado gaúcho ocupou a 5ª posição no ranking nacional (7,2% das exportações brasileiras), atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

No mês, as exportações de produtos básicos alcançaram US$ 293,1 milhões, as de semimanufaturados, US$ 146,3 milhões, e as de manufaturados, US$ 366,2 milhões. Em termos percentuais, 45,2% das exportações gaúchas foram de manufaturados (ante 44,3% em 2015), 36,2%, de produtos básicos (diante de 47,8% em 2015), e 18,1%, de semimanufaturados (comparadas com 6,8% em 2015). Assim, percebe-se o intenso aumento da participação dos produtos semimanufaturados na pauta exportadora gaúcha, em detrimento da redução da contribuição dos produtos básicos, tanto em valor quanto em volume. Na comparação com janeiro do ano passado, houve crescimento no valor exportado de semimanufaturados (122,3%; 162,9% em volume e -15,4% em preço), enquanto se reduziu o valor das vendas externas de produtos básicos (-36,5%; -25,5% em volume e -14,8% em preço) e de manufaturados (-14,5%; 5,4% em volume e -18,9% em preço).

No grupo dos semimanufaturados, os maiores crescimentos foram verificados nas vendas de celulose (US$ 67,9 milhões; 2131,4% em valor, 2126,5% em volume e 0,2% em preço) e de madeira em estilhas (US$ 16,5 milhões), a qual não foi exportada em 2015.

Com relação à exportação de produtos básicos, as maiores quedas ocorreram nas vendas de farelo de soja (-US$ 87,8 milhões; -64,4% em valor, -55,1% em volume e -20,7% em preço), trigo em grão (-US$ 70,9 milhões; -77,1% em valor, -72,2% em volume e -17,5% em preço) e fumo em folhas (-US$ 31,9 milhões; -36,8% em valor, -12,3% em volume e -27,9% em preço). Por outro lado, cresceram as exportações de soja em grão (US$ 20,8 milhões) — a qual praticamente não tinha sido exportada em janeiro de 2015 —, carne de frango (US$ 3,8 milhões; 6,1% em valor, 19,1% em volume e -10,9% em preço) e arroz em grão (US$ 3,1 milhões; 14,5% em valor, 25,3% em volume e -8,6% em preço).

Já no grupo dos produtos manufaturados, os maiores recuos nas receitas foram de máquinas e aparelhos para uso agrícola (-US$ 19,2 milhões; -74,3% em valor, -65,7% em volume e -25,2% em preço), hidrocarbonetos (-US$ 12,0 milhões; -43,2% em valor, -18,1% em volume e -30,6% em preço) e ônibus (-US$ 6,7 milhões; -71,9% em valor,  -50,8% em volume e -42,8% em preço). Em contrapartida, cresceram as vendas de polímeros plásticos (US$ 29,2 milhões; 39,8% em valor, 79,1% em volume e -21,9% em preço), automóveis (US$ 8,3 milhões; 241,6% em valor, 311,0% em volume e -16,9% em preço) e refrigeradores/congeladores (US$ 2,6 milhões).

Os principais produtos vendidos em janeiro de 2016 foram polímeros de plástico (12,6% do total exportado pelo RS), celulose (8,8%), carne de frango (8,2%), fumo em folhas (6,8%) e farelo de soja (6,0%). As mercadorias vendidas que apresentaram as maiores elevações em valor foram celulose (US$ 67,9 milhões), polímeros plásticos (US$ 29,2 milhões), soja em grão (US$ 20,8 milhões), madeira em estilhas (US$ 16,5 milhões) e automóveis (US$ 8,3 milhões). Por outro lado, os produtos que exibiram as maiores quedas foram farelo de soja (-US$ 87,8 milhões), trigo em grão (-US$ 70,9 milhões), fumo em folhas (-US$ 31,9 milhões), máquinas e aparelhos para uso agrícola (-US$ 19,2 milhões) e hidrocarbonetos (-US$ 12,0 milhões).

No que se refere aos principais mercados de destino dos produtos gaúchos em janeiro 2016, destacam-se China (10,3%), Argentina (9,7%), Estados Unidos (8,9%), Alemanha (4,0%) e Coreia do Sul (3,9%). Já no comparativo com janeiro de 2015, os maiores crescimentos do valor exportado (e os produtos que contribuíram para tanto) foram registrados para a China (US$ 59,5 milhões; celulose e soja em grão), Israel (US$ 10,5 milhões; trigo em grão) e Itália (US$ 9,2 milhões; celulose). Já os maiores recuos foram para Holanda (-US$ 51,4 milhões; farelo de soja e éteres alcóolicos), Tailândia (-US$ 36,6 milhões; trigo em grão) e Bangladesh (-US$ 27,8 milhões; trigo em grão).

Variação (Mensal)

Exportações por CNAE