Exportações recuam 8,5% no trimestre

No terceiro trimestre do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 5,84 bilhões, o que significa uma redução de US$ 541,2 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução  (-8,5%) inferior à observada no País (0,0%). A variação do volume das exportações do Estado foi negativa (-25,5%) e bem menor que a ocorrida em nível nacional (1,3%). Os preços no Estado, por sua vez, apresentaram uma evolução superior (22,9%) à nacional (-1,2%). Esse desempenho colocou o Estado em quarto lugar entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (21,56%), Rio de Janeiro (13,81%) e Minas Gerais (12,05%) —, com 9,21% das exportações nacionais (Tabela 1).

As exportações da indústria de transformação registraram um decréscimo US$ 264,1 milhões no período (-6,1% em valor, -28,9% em volume e 32,1% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias se reduziram em US$ 274,5 milhões (-14,2% em valor, -12,3% em volume e -2,1% em preços) — Tabela 3. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destaca-se o decréscimo de US$ 261,3 milhões das vendas de grãos de soja (-13,9% em valor, -9,7% em volume e -4,6% em preços) — Tabela 4.

Salientam-se, na indústria, as quedas de US$ 135,1 milhões nas exportações de veículos automotores (-34,0% em valor e -34,0% em volume), de US$ 129,8 milhões nas de produtos alimentícios (-10,0% em valor e -13,9% em volume), de US$ 83,5 milhões nas de máquinas e equipamentos (-21,6% em valor e -18,8% em volume) e de US$ 62,0 milhões nas de fumo (-6,9% em valor e -4,4% em volume). Os destaques positivos apresentam-se nos acréscimos de US$ 73,0 milhões nos setores de químicos (13,2% em valor e 9,9% em volume), de US$ 48,0 milhões no de couros e calçados (19,3% em valor e 13,9% em volume) e de US$ 20,1 milhões no de derivados de petróleo (25,9% em valor e 23,0% em volume) — Tabela 5. No setor de veículos automotores, destaca-se a redução de US$ 104,2 milhões no segmento de automóveis (-68,4% em valor e -68,7% em volume). No de produtos alimentícios, destaca-se a redução de US$ 143,4 milhões nas exportações de farelo de soja (-28,6% em valor e -29,2% em volume) — Tabela 5.

Considerando-se os principais países de destino, a ênfase recai sobre as exportações para a China, que totalizaram US$ 1,8 bilhão, representando 31,78% do total exportado pelo Estado, e que apresentaram uma redução de US$ 50,4 milhões em relação ao terceiro trimestre de 2013. Comparando-se com o mesmo período de 2013, destacam-se as quedas de US$ 190,8 milhões  (-33,8%) para a Argentina, de US$ 101,7 milhões (-68,0%) para Taiwan, de US$ 74,8 milhões  (-65,0%) para a Tailândia, de US$ 62,1 milhões (-84,1%) para a Ucrânia e de US$ 59,2 milhões (-69,0%%) para a FrançaTabela 6.

Nos primeiros nove meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 14,7 bilhões, o que significou uma diminuição de US$ 2,8 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (-16,1%) inferior à registrada no País (-2,2%). A variação do volume das exportações do Estado foi negativa (-23,3%) e abaixo da ocorrida em nível nacional (1,3%). No ano, o Estado atingiu a quarta posição entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (22,18%), Minas Gerais (13,02%) e Rio de Janeiro (10,21%) e acima do Paraná (7,42%) —, com 8,46% das exportações nacionais (Tabela 2).

As exportações da indústria de transformação totalizaram US$ 10,2 bilhões (69,6% do total), enquanto as da agropecuária atingiram US$ 4,3 bilhões (29,1% do total). As da indústria de transformação registraram um decréscimo de US$ 2,4 bilhões no acumulado do ano (-19,0% em valor  e -28,7% em volume), enquanto as da agropecuária reduziram-se em US$ 408,2 milhões (-8,7% em valor e -3,6% em volume) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se as exportações de grãos de soja, que atingiram o valor de US$ 3,9 bilhões, ou seja, 26,3% do total das exportações estaduais. Salientam-se as reduções de US$ 326,5 milhões nas vendas de grãos de trigo (-97,3% em valor e -97,2% em volume) e de US$ 75,1 milhões nas de grãos de soja (-1,9% em valor e 1,2% em volume) — Tabela 8. Do total das exportações de soja no ano, US$ 3,5 bilhões (91,04%) foram exportados para a China.

Na indústria de transformação (Tabela 9), salienta-se a redução de US$ 1,6 bilhão no setor de outros equipamentos de transporte, devido à exportação de uma plataforma de perfuração/exploração de petróleo no ano anterior. Com menor intensidade, aparecem os decréscimos US$ 325,1 milhões nas exportações de fumo (-19,0% em valor e -18,9% em volume), de US$ 274,4 milhões nas de veículos automotores (-28,4% em valor e -28,3% em volume), de   US$ 152,2 milhões nas de máquinas e equipamentos (-15,0% em valor e -11,7% em volume) e de US$ 112,8 milhões nas de químicos (-6,8% em valor e -10,2% em volume) Destacam-se positivamente os aumentos de US$ 139,2 milhões nas exportações de derivados de petróleo (52,5% em valor e 55,9% em volume) e de US$ 95,7 milhões nas de couros e calçados (12,9% em valor e 6,5% em volume). No setor de veículos automotores, destaca-se a redução de US$ 186,9 milhões nas exportações do segmento de automóveis (-58,9% em valor e -60,1% em volume). No de máquinas e equipamentos, salientam-se as quedas de US$ 69,8 milhões de máquinas agrícolas   (-14,1% em valor e -10,6% em volume) e de US$ 46,5 milhões de armas e munições (-40,8% em valor e -44,5% em volume). No setor de couros e calçados, o crescimento deve-se fundamentalmente ao aumento de US$ 88,8 milhões no segmento de couros (25,2% em valor e 14,8% em preços).

No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), têm ênfase, no acumulado do ano, as exportações de US$ 4,1 bilhões para China, representando 28,15% do total exportado pelo Estado no ano. Destacam-se os decréscimos de US$ 1,7 bilhão para o Panamá (plataforma de petróleo), de US$ 382,1 milhões (-27,1%) para a Argentina, de US$ 211,6 milhões (-66,3%) para Taiwan, de US$ 119,2 milhões (-28,4%) para a Bélgica, de US$ 110,2 milhões (-81,3%) para a Ucrânia e de US$ 107,9 milhões (-42,9%) para os Emirados Árabes Unidos. Como destaques positivos, registram-se os aumentos de US$ 191,0 milhões (35,6%%) para o Paraguai, de US$ 178,7 milhões (4,5%) para a China, de US$ 175,4 milhões (187,3%) para o Vietnã e de US$ 80,4 (35,9%) milhões para a Venezuela.

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