Exportações crescem 30,9% no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 11,2 bilhões, o que significa um aumento de US$ 2,6 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (30,9%) bem superior à observada no País (-2,4%), sendo a maior entre os 10 maiores estados exportadores. A variação do volume das exportações do Estado foi positiva (9,2%) e ainda bem maior que a observada em nível nacional (2,1%). Os preços no Estado também apresentaram uma evolução superior (19,9%) à nacional (-4,3%). Esse desempenho colocou o Estado em terceiro lugar entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (23,30%) e Minas Gerais (14,12%) —, com 9,74% das exportações nacionais (Tabela 2).

As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 1,5 bilhão no acumulado do ano (acréscimo de 22,0% em valor, queda de 4,4% em volume e aumento de 27,6% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram em US$ 1,1 bilhão (70,6% em valor, 64,8% em volume e 3,5% em preços) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se os aumentos de US$ 916,0 milhões das vendas de grãos de soja (80,9% em valor, 79,6% em volume e 0,7% em preços) e de US$216,4 milhões das exportações de milho (789,8% em valor, 716,1% em volume e 9,0% em preços) — Tabela 8.

Na indústria de transformação (Tabela 9), salienta-se o crescimento de US$ 1,6 bilhão no setor de outros equipamentos de transporte, devido à exportação de uma plataforma de perfuração/exploração de petróleo. Com menor intensidade, aparecem os crescimentos de US$ 141,9 milhões nas exportações de derivados de petróleo (308,7% em valor, 410,3% em volume e -19,9% em preços), de US$ 65,7 milhões nas de metalurgia básica (141,2% em valor, 11,0% em volume e 117,3% em preços), de US$ 56,6 milhões nas de veículos automotores (11% em valor, 9,3% em volume e 1,6% em preços) e de US$ 54,8 milhões nas de químicos (5,3% em valor, 12,2% em volume e -6,2% em preços). Destacam-se negativamente os decréscimos de US$ 358,3 milhões das exportações do setor de alimentos e bebidas (-16,5% em valor, -24,4% em volume e 10,4% em preços) e de US$ 163,0 milhões de máquinas e equipamentos (-20,6% em valor, -20,0% em volume e -0,7% em preços). No setor de alimentos e bebidas, são significativas as reduções de US$ 175,2 milhões nas exportações de arroz, de US$ 136,0 milhões nas de óleo de soja e de US$ 129,0 milhões nas de farelo de soja.

No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), têm ênfase, no acumulado do ano, os crescimentos de US$ 1,6 bilhão para o Panamá (plataforma de petróleo), de US$ 714,3 milhões para a China (53,2%), de US$ 159,6 milhões para Taiwan (1.562,6%), de US$ 158,2 milhões para a Coréia do Sul (112,8%), de US$ 127,8 milhões para o Paraguai (50,5%) e de US$ 118,2 milhões para os Estados Unidos (16,6%). Como destaque negativo, registra-se a redução de US$ 87,0 milhões para a Holanda (-24,1%).

No resultado do segundo trimestre, as exportações alcançaram um valor de US$ 7,6 bilhões, o que representou um aumento de US$ 2,9 bilhões (61,8% em valor, -26,5% em volume e 28,0% em preços) em relação ao mesmo período do ano anterior. No País, houve um acréscimo de US$ 1,5 bilhão (-7,6% em valor, -4,4% em volume e -3,3% em preços). Com esses resultados, o Estado ocupou a terceira posição nas exportações nacionais — abaixo de São Paulo e Minas Gerais —, com uma participação de 11,98%. (Tabela 1).

Destaca-se, no trimestre, o crescimento de US$ 1,9 bilhão nas exportações da indústria de transformação, resultante principalmente da exportação de uma plataforma de perfuração/exploração de petróleo (US$ 1,6 bilhão). No mesmo período, a agropecuária ampliou suas exportações em US$ 995,1 milhões (Tabela 3).

Salientam-se também, na indústria, os crescimentos de US$ 108,0 milhões nas exportações de fumo, de US$ 88,1 milhões nas de químicos, de US$ 68,7 milhões nas de veículos e de US$ 66,2 milhões nas de metalurgia básica. O destaque negativo apresenta-se no setor de alimentos e bebidas, com uma redução de US$ 110,5 milhões. (Tabela 5). Na agropecuária ressaltam o acréscimo de US$ 1,0 bilhão nas exportações de grãos de soja e a redução de US$ 97,5 milhões nas de trigo. (Tabela 4).

Considerando-se os países de destino, a ênfase recai sobre os crescimentos de US$ 1,6 bilhão para o Panamá (plataforma), de US$ 819,7 milhões para a China (72,4%), de US$ 155,7 milhões para a Argentina (44,2%), de US$ 143,4 milhões para a Coréia do Sul e de US$ 119,1 milhões para os Estados Unidos (32,0%). (Tabela 6).