As origens de um sistema agrário singular no Rio Grande do Sul

Textos para Discussão FEE, n.40 (2008) - ISSN 1984-5588

Autor(es):
Marli Mertz Porto

Resumo

O propósito deste texto é o de mostrar as origens da singularidade da agricultura que se desenvolveu na pequena propriedade familiar do Rio Grande do Sul a partir da sua colonização pelos imigrantes não ibéricos. Essa singularidade deve-se ao modo como foram estabelecidos os primeiros imigrantes na região de São Leopoldo: uma colônia grande, etnicamente isolada, sem maiores contatos com os produtores locais (latifundiários pecuaristas), proibidos de utilizar a mão-de-obra escrava, restritos ao uso exclusivo da mão-de-obra familiar, e num meio ambiente agroecológico totalmente desconhecido. Junte-se a isso a necessidade urgente de trabalhar a terra para dela retirar o seu sustento e da família e, ademais, produzir um excedente mercantil vendável em um mercado necessitado de produtos primários.

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