Desenvolvimento humano e bem-estar urbano nas regiões metropolitanas brasileiras: um novo índice sintético

Textos para Discussão FEE, n.135 (2015) - ISSN 1984-5588

Autor(es):
Daiane Boelhouwer Menezes, Ana Júlia Possamai

Resumo

Planejar políticas públicas requer diagnosticar a realidade sobre a qual se pretende intervir. Indicadores e índices possibilitam lidar com diferentes dimensões dessa realidade, sendo instrumentais à tomada de decisão. O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU) afere a qualidade de vida nas regiões metropolitanas brasileiras a partir da perspectiva socioespacial. Já o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mede a qualidade de vida sob uma ótica socioeconômica. Essas medidas, no entanto, oferecem retratos parciais e complementares. Ao comparar dados do IDHM e do IBEU para 15 Regiões Metropolitanas (RMs) e seus núcleos, este artigo mostra as correlações de Renda, Longevidade e Educação (dimensões do IDHM) com Mobilidade Urbana, Atendimento de Serviços Coletivos, Condições Ambientais, Habitacionais e de Infraestrutura (dimensões do IBEU). Os resultados das correlações indicam proximidade entre as dimensões, mas não sobreposição. Sendo assim, a união desses indicadores em um único índice, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Urbano (IDHM-U), principal objetivo deste artigo, possibilita uma análise mais compreensiva sobre a realidade das metrópoles brasileiras.