O Centro de Informações Estatísticas/Núcleo de Demografia e Previdência da FEE elaborou uma síntese com algumas características relevantes das crianças (0 a 11 anos de idade) no RS.
Considerou-se como criança o conceito empregado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
De 2001 a 2014, o RS apresentou uma elevada redução de sua população de crianças. O quadro a seguir revela a mudança.
A diminuição do número de nascimentos na década de 90 e na primeira década deste século foi o principal fator que contribuiu para esse decréscimo. No entanto, é importante destacar que desde 2010 o RS tem apresentado uma pequena tendência de aumento nos nascimentos, o que poderá, nos próximos anos, estabilizar ou até mesmo reverter essa tendência. Em relação à divisão por sexo, o Rio Grande do Sul registra maioria de meninos. Do total de 1.696.179 crianças, 868.201 são do sexo masculino, e 827.978, do sexo feminino.
Especificidades nos municípios
Enquanto as crianças são 15,1% da população gaúcha, alguns municípios apresentam especificidades.
De fato, há uma vasta literatura que apresenta a relação inversa entre renda e número médio de filhos. Assim, espera-se uma maior proporção de crianças em municípios mais pobres e uma menor proporção em municípios mais ricos.
Não por acaso, o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Serra, que possui o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Estado, contém quatro dos cinco municípios com menor participação de crianças. O caso mais extremo é o do Município de Santa Tereza, com 6,7%.
Na imagem abaixo, é possível ver os municípios com maior e menor percentual de crianças no Estado.
Nas trocas migratórias, o Estado perde mais crianças do que recebe. Em 2013, havia 51,7 mil crianças nascidas no RS residindo em outros Estados e, por sua vez, existiam 24,1 mil crianças nascidas fora do RS residentes em terras gaúchas. Se subtrairmos as que emigraram das que imigraram, temos que o saldo migratório do RS foi de uma perda de 27,6 mil crianças. Santa Catarina é o Estado que mais atrai nossa população por migração, inclusive as crianças.
Composição familiar
Quanto à composição familiar, a ampla maioria de nossas crianças reside no mesmo domicílio da mãe (93,3%), sendo que 18,0% residem com a mãe sem a presença de pai ou padrasto e 75,3% possuem, além da mãe, pai ou padrasto no domicílio.
[ 1 ] ZUANAZZI, P. T. A Taxa de Fecundidade no RS por Regiões Funcionais e Características Socioeconômicas: o desafio da transição demográfica. Indicadores Econômicos FEE, Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 109-122, 2015. Disponível em: <http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/3497>. Acesso em: 7 out. 2015.
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Pesquisadores responsáveis: Pedro Zuanazzi e Mauro Braz dos Santos
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