Permanecer ou não na União Europeia: eis a questão. O pesquisador em Relações Internacionais da FEE Robson Valdez foi entrevistado pelo Jornal do Comércio e avalia o que está em jogo nesta decisão.
O analista pesquisador da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Robson Valdez reforça o quadro desenhado rapidamente pelo professor da Ufrgs, mas acredita que o contexto vivido na largada do século 21 mostra uma Grã-Bretanha com economia menos fragilizada que nos anos de 1970, que pavimentou o embarque no bloco. “Hoje a Inglaterra tem uma economia mais dinâmica e pode se sustentar com as próprias pernas”, argumenta o analista. Valdez vê uma mistura de expectativas, com muita irracionalidade, o que pode ser um risco na hora de depositar o voto. “O resultado é imprevisível, a disputa é acirrada, há fatores externos em jogo.”
O analista da FEE lembra que o governo de Cameron e a Câmara dos Comuns não são obrigados a seguir o resultado. “Não há vinculação, mas acredito que não ignorariam a vontade popular”, especula o pesquisador. O fator econômico pode pesar, diz, pois o governo fala em perdas de 30 bilhões de euros somente com a retirada de vantagens, estas sim amarradas ao bloco. Uma carta de mil empresas enviada à revista Times, metade delas listada na bolsa de valores, apontou que a saída da UE será sinônimo de incerteza, enquanto a permanência representa mais empregos, comércio e certezas.
Tanto Visentini como Valdez recordam a mais recente e fracassada investida de divisão no Reino Unido, que foi o plebiscito para independência da Escócia. No último ato (do voto), prevaleceu o espírito da comunidade maior. A questão a saber agora é se a lógica vai prevalecer.
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