Em análise divulgada na Carta de Conjuntura FEE de outubro, o economista da Fundação de Economia e Estatística André Luis Contri sinaliza que o volume da produção física da indústria de transformação brasileira apresentou uma queda de 8,9% nos sete primeiros meses de 2016, em relação ao mesmo período do ano anterior. Trata-se de uma retração que se soma ao recuo de 13,6% nos dois anos anteriores, fazendo com que o nível de produção de 2016 esteja inferior ao de 2004. Contudo, segundo o pesquisador, que utiliza a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dados da Organização das Nações Unidas Para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para a análise, mesmo com essa performance, o Brasil ocupou, em 2015, a 9.ª posição no ranking dos maiores parques industriais do mundo, quando considerado o Valor Adicionado industrial.
Para André Contri, “Uma diminuição tão acentuada no volume de produção, como a que se tem observado, não pode ser creditada a apenas alguns poucos fatores. Ela é, com certeza, resultado de um conjunto de condicionantes de natureza tanto estrutural como conjuntural, que vêm atuando ao longo dos últimos anos”
Entenda os fatores que contribuíram para esses resultados e as perspectivas para a indústria brasileira aqui.