Com o provocativo título de As múltiplas independências do Banco Central, o pesquisador em Economia da FEE Bruno Paim discute a autonomia da instituição.
Sinaliza que o embate em torno da maior ou menor independência do BC pode ser sintetizado em torno da seguinte dualidade: de um lado, a interferência governamental sobre a emissão de moeda poderia gerar benefícios no curto prazo que não se justificariam no longo prazo; de outro, sua total independência garantiria a liberdade para a Autoridade Monetária buscar sua única meta, a taxa de inflação, independentemente de suas consequências sobre outras variáveis utilizadas para analisar o desempenho de um governo. “É no espectro entre essas duas posições extremas que a política monetária é definida”, afirma Paim, na Carta de Conjuntura FEE.