Em 2011, o valor do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul foi de R$ 263,6 bilhões, representando 6,4% do PIB brasileiro. Este resultado manteve o Estado na quarta colocação entre as maiores economias do País, atrás de São Paulo (32,6%), Rio de Janeiro (11,2%) e Minas Gerais (9,3%), e à frente do Paraná (5,8%). A participação de 2011 (6,4%) representa uma perda em relação a 2010, ano em que a contribuição do Estado foi de 6,7%.
Em volume, no entanto, o Rio Grande do Sul (5,1%) cresceu mais que o Brasil (2,7%) em 2011. É a diferença no índice de preços que explica o menor crescimento, em valor, do PIB do Estado em relação ao nacional naquele ano. Enquanto que o índice de preços médio do Brasil cresceu 7,0% em 2011, o do Rio Grande do Sul reduziu 0,7%.
Basicamente foram três as atividades mais afetadas pela queda dos preços. Na Agricultura, a produção do arroz foi recorde, mas até em função disso, seus preços caíram em torno de 30,0% no mercado interno, fazendo o valor adicionado pela atividade se reduzir em relação a 2010. Na Indústria, a atividade mais afetada foi a de Refino de petróleo. Como houve aumento do preço do petróleo no mercado internacional, a REFAP viu o custo de seu insumo básico se elevar enquanto os preços internos dos derivados mantinham-se controlados. Dado sua expressiva participação na Indústria de transformação, o desempenho negativo do Refino acabou por afetar todo o setor. Por último, a principal razão. A elevação internacional dos preços do petróleo e dos minerais fez o índice de preços da atividade da Extrativa mineral subir mais de 80,0% em 2011. Este fato beneficiou os estados produtores, principalmente Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pará. E prejudicou duplamente os estados não produtores, como o Rio Grande do Sul. O aumento das commodities minerais elevou o preço das matérias-primas utilizadas nas indústrias destes estados sem a contrapartida do aumento dos preços dos produtos vendidos por estes estados. Como resultado, mesmo nacionalmente, a Transformação perdeu espaço na Indústria para a Extrativa mineral. Como a Indústria gaúcha é concentrada na Transformação e pouco representativa (0,3% em 2011) na Extrativa mineral, seu peso no Brasil caiu.
O PIB per capita do Rio Grande do Sul foi calculado em R$ 24.562,81 em 2011, 14,1% acima da média nacional, que foi de R$ 21.535,65.
FEE/Centro de Informações Estatísticas/Núcleo de Contas Regionais