O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos países desenvolvidos como, de modo crescente, dos não desenvolvidos. Esse processo, que vem manifestando-se de forma rápida, porém distinta, entre os países ricos e pobres, traz grandes desafios para as políticas públicas, tanto em garantir a continuidade do desenvolvimento econômico e social, quanto em assegurar a equidade entre os grupos etários na participação dos recursos e do bem-estar social.
Nos países desenvolvidos, esse fenômeno deu-se de forma gradual, ao longo de mais de um século, acompanhado de um processo socioeconômico favorável e da consequente melhoria das condições de vida da população, que contou com um amplo sistema de proteção social. No entanto, esses países apresentam hoje intensas limitações na sustentabilidade financeira desse mesmo sistema de proteção social, em razão da forte elevação do contingente idoso, decorrente das baixas taxas de fecundidade e mortalidade. Países como a Alemanha e o Japão, por exemplo, já apresentam um crescimento negativo de sua população, havendo, em consequência, um encolhimento da força de trabalho, ampliando a razão de dependência. Cabe ressaltar ainda que, em alguns países, é o componente migratório que vem tendo papel importante no crescimento populacional.