Segundo as informações apuradas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre, o mercado de trabalho regional mostrou-se desfavorável em 2002.
Após dois anos consecutivos de declínio, a taxa média de desemprego total voltou a apresentar elevação, passando de 14,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em 2001 para os atuais 15,3%. Tal resultado decorreu do desempenho negativo do nível ocupacional da RMPA, pois a eliminação de 11 mil postos superou a saída de 4 mil pessoas da força de trabalho em 2002. Com o acréscimo de 7 mil pessoas, o contingente de desempregados ficou estimado em 266 mil indivíduos no ano em análise.
A redução do número de ocupados para 1.470 mil pessoas, verificada nesse ano, interrompeu uma trajetória ascendente iniciada em 1997, concentrando-se nas modalidades de inserção menos formalizadas: no trabalho autônomo (-10 mil) e no agregado outros — empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, trabalhadores universitários autônomos e demais — (-8 mil). Setorialmente, destacaram-se a expressiva queda do volume de ocupados na indústria de transformação (-17 mil) e a geração de 13 mil postos de trabalho no setor serviços.
O rendimento médio real do total dos ocupados relativo ao período jan.-nov./02 decresceu 1,0%, passando a corresponder a R$ 813,00, valor mais baixo desde 1996. Por seu turno, o salário médio real, sofrendo retração mais severa (-1,8%), assumiu o patamar de R$ 816,00.