O desempenho do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre mostrou-se bastante desfavorável em 1999, segundo as informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego. A taxa de participação — indicador que expressa a proporção da População em Idade Ativa incorporada ao mercado de trabalho — alcançou 58,3%, o mais alto percentual de toda a série da PED-RMPA, em razão do ingresso de 100 mil pessoas no mercado de trabalho. Tendo em vista que o número médio de ocupados durante o ano aumentou em 29 mil pessoas, observou-se importante ampliação do contingente de desempregados.
O incremento de 71 mil pessoas na condição de desemprego elevou o contingente estimado para 331 mil desempregados, aprofundando a tendência de crescimento observada pelo quarto ano consecutivo. A taxa média de desemprego total alcançou 19,0% frente aos 15,9% observados em 1998. Esse acréscimo decorreu da elevação conjunta das taxas de desemprego aberto e, principalmente, do oculto.
O nível médio de ocupação apresentou, em 1999, um crescimento bastante inferior ao ocorrido no ano anterior. Com um crescimento de 2,1%, o número de ocupados atingiu a média anual de 1.409 mil pessoas na Região. Dentre as formas de inserção no mercado de trabalho, as que cresceram foram as de trabalho assalariado sem carteira de trabalho assinada, autônomos e empregados domésticos, todas marcadas pela precariedade.
Os rendimentos médios reais do trabalho na RMPA, em 1999, apresentaram redução de 3,6% para o total de
ocupados e de 1,6% para os assalariados. Em valores monetários a preços de novembro de 1999, o rendimento médio passou a R$ 633,00, e o salário médio, a R$ 636,00.