A FEE registrou saldo negativo do emprego formal celetista do agronegócio do Rio Grande do Sul e do Brasil referente a agosto de 2017. É o quinto mês consecutivo com saldo negativo de empregos. Os dados foram atualizados nesta quarta,04, no site da Fundação e apontam que o número de admissões (11.174) foi inferior ao de desligamentos (13.695), resultando na perda de 2.521 postos de trabalho com carteira assinada.
Dentre os três segmentos do agronegócio gaúcho, dois registraram saldo negativo de empregos, com destaque para a queda no segmento “depois da porteira”, formado por atividades agroindustriais e de comércio atacadista (menos 2.594 postos). O setor de fabricação de produtos de fumo liderou os desligamentos em agosto (-3.443 empregos). O coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE , Rodrigo Feix, explica que a desmobilização desse setor – concentrada nos municípios de Santa Cruz do Sul e de Venâncio Aires – teve início em junho e tende a perdurar até o último trimestre do ano.
Na contramão do movimento geral do agronegócio, o setor com maior criação de vagas no mês foi o de abate e fabricação de produtos de carne (mais 751 postos). “Esse desempenho foi determinado principalmente pelo crescimento das admissões no município de Alegrete, resultado da reabertura de importante frigorífico especializado no abate de bovinos”, aponta Feix.
No segmento “dentro da porteira” (atividades características da agropecuária), houve diminuição de 91 postos de trabalho. Contribuiu decisivamente para esse desempenho o setor de produção de lavouras permanentes, responsável pela queda de 206 empregos com carteira assinada. Já o segmento “antes da porteira”, constituído por atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, o saldo foi positivo, com geração de 164 empregos.
Acesse o estudo completo com a comparação com agosto do ano anterior e o acumulado do ano.
Sandra Bitencourt- Jornalista