Mães somam 71,2% das mulheres no Rio Grande do Sul

Com o propósito de traçar um perfil das mães no Rio Grande do Sul, o Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da FEE preparou um conjunto de dados que permite conhecer e refletir sobre a importância e os reflexos da maternidade para as mulheres gaúchas. Os pesquisadores da FEE, Marcos Wink e Marilene Dias Bandeira, utilizaram duas fontes de dados brutos mais recentes para levantar e sistematizar as informações: dados da PNAD 2014 (referentes a mulheres acima de 15 anos) e dados do Ministério da Saúde (MS/SVS/DASIS/SINASC) referentes às mulheres que foram mães em 2014.

Das mulheres acima dos 15 anos no Estado, 71,2% são mães (28,8% não têm filhos). Desse universo, a grande maioria tem entre um (20,2%) e dois filhos (24,1%). Mulheres com três ou acima de quatro filhos somam 13% e 13,9%, respectivamente. Os percentuais de idade revelam que, ao final do período reprodutivo, na faixa etária a partir de 50 anos,  89,3 % das mulheres apresentam registros de maternidade. Já para as jovens, entre 15 e 19 anos, 8,63% são mães.

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Infográfico CIC- Designer Gabriela Santos

No comparativo entre mulheres de 15 anos ou mais, mães e não mães, vários aspectos ressaltam a importância de refletir sobre a função social da maternidade. Em países em que há a necessidade de estimular e apoiar a natalidade, são tomadas medidas que buscam reduzir e mitigar as desigualdades em aspectos como escolaridade e estudo, média de horas dedicadas a afazeres domésticos, horas trabalhadas e rendimento médio. De acordo com o economista Marcos Wink, “a menor escolaridade, menor jornada de trabalho e o maior tempo dedicado aos afazeres domésticos se refletem negativamente sobre a remuneração média das mães”.

No Rio Grande do Sul, os números de 2014 indicam diferenças importantes:

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Dados referentes às mulheres que foram mães em 2014 indicam que praticamente a totalidade das gaúchas deram à luz no hospital (99,72%), a maioria já havia sido mãe (51,52%), um número expressivo fez mais de sete consultas pré-natal (73,12%), e um alto percentual tinha oito anos de estudo ou mais (75,26%).

mães3Sandra Bitencourt- Jornalista