Entre os dias 24 e 29 de julho acontece o 22º SINAPE – Simpósio Nacional de Probabilidade e Estatística, principal reunião científica da comunidade estatística brasileira. O evento ocorre no Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre-RS e tem como tema Pesquisa, Inovação e Difusão em Estatística.
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) é uma das instituições que apoia o evento e esteve representada em dois momentos do Simpósio. Na manhã desta terça-feira, 26, o Estatístico Renan Xavier Cortes participou da mesa redonda “Os desafios da pós-graduação em Estatística: como se adequar às necessidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho”. Renan passou a perspectiva de um pós-graduado em estatística que atua no mercado de trabalho. Na oportunidade, falou de sua experiência no Mestrado em Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais e também do trabalho desenvolvido na FEE, bem como o papel da Fundação e seu objetivo enquanto instituição pública de referência na produção de dados socioeconômicos do Estado do Rio Grande do Sul.
Já na parte da tarde, o Estatístico Rafael Bassegio Caumo falou sobre “Estatísticas oficiais: desafios e perspectivas” durante o Evento Satélite “Perspectivas e Desafios na Produção e Divulgação de Estatísticas Públicas no Brasil”. Rafael levantou os principais desafios das estatísticas oficiais, como o aumento da demanda por pesquisas e dados, a velocidade com que circulam as informações e as mudanças recentes das estruturas sociais que exigem revisões metodológicas mais avançadas dos estudos desenvolvidos. Nesse contexto, apresentou alguns desafios enfrentados na Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (desenvolvida pela FEE em conjunto com outros órgãos) que geram queda do aproveitamento dos dados oficiais produzidos pela pesquisa.
“As perspectivas tradicionais para contornar esses problemas sugerem a modernização dos processos de pesquisa, através de novos métodos e da utilização de novas tecnologias. Além disso, podemos captar recursos através da comercialização das informações, apesar disso ir contra o princípio de livre acesso às informações. Podemos compartilhar dados entre órgãos e instituições. Também é possível realizar pesquisas através da telefonia móvel e da internet, o que reduziria custos, mas poderia reduzir também a eficiência da pesquisa. E ainda, podemos utilizar métodos combinados de cruzamento de dados de diversas fontes”, salienta Rafael. “Toda essa modernização dos processos gera uma explosão no volume, na velocidade e na variedade de dados e nosso desafio nesse processo é produzir estatísticas com utilidade, qualidade e economia”, completa.
Rafael também apresentou o Big Data, que consiste em uma base de informações com grande volume e variedade, geradas com velocidade. Mas levantou algumas precauções que devem ser tomadas, como o estabelecimento de políticas e diretrizes que regulamentem a utilização das informações, a análise dos aspectos metodológicos, a implementação de novos sistemas para coleta de dados e a análise do custo-benefício da implementação dessas pesquisas.
O Simpósio segue até sexta-feira, 29, com Conferências, Miniconferências, Mesas-Redondas, Sessões Temáticas, Oficinas, Tutorias, Sessões de Comunicações Orais, Minicursos e Sessões de Pôsteres.
Confira mais informações no site do evento.