Um estudo coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), em convênio com técnicos do Departamento Nacional de Produção Mineral, com pesquisadores da Fundação de Economia e Estatística (FEE) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ligados ao Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica e Instituto de Pesquisas Hidráulicas, mostra que cerca de 30% dos 490 km² do Lago Guaíba podem ser explorados para extração de areia. Durante um ano, as equipes realizaram um zoneamento ambiental, buscando determinar se e onde é possível realizar a mineração, que está suspensa.
O trabalho foi apresentado terça-feira (24), ao Comitê do Lago, formado por ONGs, associações e empreendedores. Na elaboração do zoneamento, foram retiradas todas as áreas críticas ou com alguma restrição. As pesquisadoras da FEE Gisele Ferreira e Daiane Menezes, do Centro de Estudos Econômicos e Sociais, apresentaram a palestra Análise Socioeconômica da Cidade de Porto Alegre no painel dos Estudos de Zoneamento Ambiental da Sema e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS (Fepam/RS).
Os municípios de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba e Barra do Ribeiro compõem a área que o estudo sinaliza como possível de extração, ainda que haja necessidade de análise caso a caso, antes de uma eventual liberação. A proposta precisa ser aprovada pelo Comitê do Lago e entrar em votação no Conselho Estadual de Meio Ambiente.
Anelise Rublescki
Jornalista