Qual a importância econômica do agronegócio para a economia gaúcha? Para dimensionar a contribuição de um dos setores historicamente mais relevantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, a FEE lançou nesta sexta-feira, 02, na Expointer, uma publicação que organiza vários dados, com indicadores próprios, permitindo compreender a dinâmica do agronegócio gaúcho.
O Painel do Agronegócio do RS – 2016 foi apresentado no Auditório da Administração do Parque Assis Brasil, em Esteio/RS, na Expointer, e contou com o apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS.
O economista Rodrigo Feix, Coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, apresentou uma visão panorâmica do agronegócio gaúcho, dimensionando a importância do setor para a economia do Estado, a partir da análise do desempenho do PIB da agropecuária até as atividades industriais vinculadas. “Para se ter uma ideia, mais de 30% do valor da produção industrial do RS provém da agropecuária, como por exemplo a indústria de Máquinas e Implementos, defensivos, alimentos, fumo, biocombustíveis, etc. A participação é extensa e expressiva”, pondera Feix. O pesquisador enfatizou que os indicadores próprios que a FEE vem produzindo permitem compreender a dinâmica da produção, destino e geração de empregos que o agronegócio movimenta no RS. “Dois terços do que o RS vende para fora são produtos do agronegócio, ou seja, nossa inserção no mundo depende em grande parte do agronegócio”, revela o economista.
Os dados referentes a última década também mostram crescimento do emprego formal e importância da agricultura familiar. “As menores propriedades ocupam 30% da área e são responsáveis por 50% da produção. Em alguns segmentos, como leite, feijão, mandioca, a agricultura familiar garante mais de 90% da produção, o que nos permite analisar que a relação de produtividade é muito boa”, destacou o pesquisador.
A apresentação também fez uma análise setorial, mostrando a importância dos diferentes produtos, como a soja que vem crescendo nos últimos anos. “Nos interessa mostrar a dinâmica dessas transformações. O crescimento da soja, por exemplo, acabou por reduzir a área plantada de milho, o que causa fragilidade no setor de carne, e os abatedouros são os maiores empregadores do agronegócio no Estado. Ou seja, pretendemos aqui revelar dinâmicas, entregar dados e recortes que permitam conhecer a avaliar esse importante segmento para o desenvolvimento do nosso Estado”, concluiu Feix.
Confira o Painel do Agronegócio do RS – 2016 aqui.