Durante os meses de verão, Atlântida Sul (519,4%) e Quintão (515,2%) são os dois balneários que apresentam os maiores crescimentos médios em relação à população permanente, afirma um estudo da Fundação de Economia e Estatística (FEE), divulgado nesta quinta-feira (28).
São dados que atualizam a pesquisa Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS, de junho de 2016, dos pesquisadores Pedro Tonon Zuanazzi e Mariana Bartels. “A estimativa do aumento da população do Litoral Norte no veraneio é importante para a distribuição de recursos públicos, como o contingente de policiais a ser deslocado, por exemplo. Para o setor privado, são dados que permitem embasar a tomada de decisões gerenciais”, analisa Pedro Zuanazzi, Coordenador do Núcleo de Demografia e Previdência da FEE. O aumento da população total da região ocorre devido aos veranistas e turistas provenientes, principalmente, de outras cidades do Rio Grande do Sul.
O estudo, que traça a projeção para o mês de fevereiro de 2018, considera como Litoral Norte os oito municípios banhados pelo mar — Balneário Pinhal, Cidreira, Tramandaí, Imbé, Xangri-lá, Capão da Canoa, Arroio do Sal e Torres —, além das praias de Quintão (pertencente a Palmares do Sul), Atlântida Sul (pertencente a Osório) e Santa Rita de Cássia (pertencente a Terra de Areia).
As estimativas de cada um dos oito municípios investigados incluem a população de todas as praias que estão contidas dentro da extensão da faixa de areia formada do município. O Município de Imbé, por exemplo, inclui as praias de Imbé, Presidente, Mariluz, Santa Terezinha e Albatroz, dentre outras.
Para fevereiro de 2018, a FEE sinaliza que, aos 1.189 residentes permanentes de Atlântida Sul, se somará uma população flutuante média superior a seis mil indivíduos, representando um aumento de 519,4%. A menor variação ocorre em Torres (59,6%), enquanto que Capão da Canoa e Tramandaí, municípios com maior população permanente, também são os municípios com maior população de veranistas.
No entanto, segundo Zuanazzi, “é preciso salientar que essas estimativas são de uma população média. Em dias de semana, este número é menor e, nos finais de semana e feriados, é maior”.
A população flutuante foi calculada através de uma proposta metodológica, que, além de fazer uso dos Censos Demográficos, utiliza o volume mensal de água medido pelos hidrômetros instalados e o número de domicílios de uso ocasional.
A figura abaixo apresenta uma série histórica para as populações permanentes e flutuantes estimadas. É possível verificar que, ao passo que a população permanente da região tem um crescimento contínuo, conforme os últimos Censos Demográficos, a população sazonal apresenta um padrão com maior aumento nos meses de verão.
Acesse a íntegra do estudo Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS, confira o passo a passo da metodologia dos pesquisadores e veja a análise sazonal de outras variáveis, como consumo de energia elétrica residencial, consumo de água, informações contábeis das agências bancárias, geração de ICMS por setor, ocorrências policiais e atendimentos ambulatoriais de Saúde, no estudo de 2016.
Confira a apresentação do estatístico Pedro Zuanazzi aqui.
Anelise Rublescki – Jornalista FEE