Exportações gaúchas permanecem no vermelho, em fevereiro

Em fevereiro, as exportações alcançaram o valor de US$ 874,5 milhões, o que representou redução de US$ 149,0 milhões (-14,6%) em relação ao valor de US$ 1,0 bilhão exportado no mesmo mês do ano anterior, desempenho superior ao observado no País (-24,1%). Em volume físico, as exportações estaduais também recuaram (-3,8%), resultado melhor que o observado nacionalmente (-8,1%). No mês, o Estado ocupou a quarta posição no ranking nacional, com participação de 7,23% — abaixo de São Paulo (25,39%), Minas Gerais (13,78%) e Rio de Janeiro (7,99%). Esse comportamento das exportações gaúchas, embora negativo, foi o melhor dentre os 10 maiores estados exportadores.

A agropecuária alcançou uma exportação de US$ 103,0 milhões, equivalente a 11,78% do total do mês, que representou queda de US$ 6,4 milhões (-5,9% em valor e 9,2% em volume) em relação ao mesmo mês do ano anterior. A indústria de transformação, por sua vez, atingiu o valor exportado de US$ 756,6 milhões, que representou redução de US$ 136,8 milhões (-15,3% em valor e -7,1% em volume) em relação a fevereiro do ano anterior.

Destacam-se na agropecuária as exportações de trigo, com valor de US$ 93,7 milhões, que representaram 90,94% do total exportado no mês pelo setor. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, destacam-se o aumento de US$ 93,1 milhões nas exportações de trigo (16.802,2% em valor e 22.635,6% em volume) e as quedas de US$ 58,2 milhões nas de soja (-99,0% em valor e 98,7% em volume) e de US$ 28,9 milhões nas de milho.

Na indústria, destacam-se as quedas de US$ 70,2 milhões (-43,1% em valor e -23,2% em volume) nas exportações de produtos químicos, de US$ 27,7 milhões (-100,0% em valor e -100,0% em volume) nas de derivados de petróleo e de US$ 25,6 milhões (-27,0% em valor e -26,4% em volume) nas de couros e calçados e os crescimentos de US$ 23,9 milhões (11,3% em valor e 18,3% em volume) nas exportações de produtos alimentícios e de US$ 22,7 milhões (26,3% em valor e 29,5% em volume) nas de fumo. Dentre os produtos alimentícios, destacam-se os crescimentos de US$ 23,50 milhões (70,4 mil toneladas) nas exportações de farelo de soja e de US$ 23,49 milhões (30,9 mil toneladas) nas de óleo de soja e as quedas de US$ 10,0 milhões nas de carnes de suínos e de US$ 9,3 milhões nas de carnes de frango.

Considerando-se os principais países de destino, os grandes destaques foram as reduções de US$ 82,7 milhões (-80,0%) para a China, de US$ 42,7 milhões (-62,5%) para o Paraguai e de US$ 19,6 milhões (-19,9%) para a Argentina e os aumentos de US$ 29,0 milhões (1.502,6%) para a Tailândia, de US$ 25,0 milhões (112,7%) para a Holanda e de US$ 22,4 milhões (155,5%) para o Vietnã (Tabela 1, Tabela 4, Tabela 5 e Tabela 6).

Nos primeiros dois meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 1,8 bilhão. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um decréscimo de US$ 262,7 milhões (-12,5%), resultado superior ao observado no País (-19,3%). O desempenho do volume físico das exportações do Estado foi positivo (0,3%) e também superior ao observado em nível nacional (-2,6%). Esse desempenho colocou o Estado em quarto lugar entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (24,19%), Minas Gerais (13,88%) e Rio de Janeiro (9,44%) —, representando 7,14% das exportações nacionais (Tabela 2).

As exportações da indústria de transformação acumularam, nos dois primeiros meses do ano, US$ 1,6 bilhão. Em relação ao ano anterior, houve redução de US$ 331,0 milhões (-17,1% em valor, -9,7% em volume e -8,1% em preços). No mesmo período, as exportações da agropecuária acumularam US$ 206,9 milhões, com um acréscimo de US$ 75,5 milhões (57,4% em valor, 93,2% em volume e -18,5% em preços) — Tabela 7.

Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se as exportações de trigo, que atingiram o valor de US$ 185,7 milhões, representando 89,74% das exportações do setor no período. Em relação ao mesmo período do ano anterior, destacam-se o aumento de US$ 180,7 milhões nas exportações de trigo e as reduções de US$ 58,2 milhões das vendas de soja (-98,9%) e de US$ 28,1 milhões (-97,5%) nas de milho — Tabela 8.

Na indústria de transformação (Tabela 9), salientam-se os decréscimos de US$ 112,1 milhões (-31,9% em valor e -14,2% em volume) das exportações de produtos químicos, de US$ 83,7 milhões (-97,3% em valor e -94,5% em volume) nas de derivados de petróleo, de US$ 48,3 milhões (-26,0% em valor e -22,7% em volume) nas de máquinas e equipamentos e de US$ 39,8 milhões (-22,9% em valor e -23,8% em volume) nas de couros e calçados. Destaca-se, positivamente, o aumento de US$ 34,9 milhões (21,1% em valor e 25,1% em volume) das exportações de fumo, único entre os 22 setores com desempenho positivo. No setor de máquinas e equipamentos, salienta-se a redução de US$ 32,5 milhões (-35,7% em valor e -37,3% em volume) no segmento de máquinas agrícolas.

No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), destacam-se, no acumulado do ano, as reduções de US$ 108,2 milhões (-67,6%) das vendas para o Paraguai, de US$ 97,6 milhões (-68,6%) para a China, de US$ 50,0 milhões (-23,7%) para a Argentina, de US$ 26,0 milhões (-14,2%) para os Estados Unidos e de US$ 24,4 milhões (-29,5%) para o Uruguai. Como destaques positivos, registram-se os crescimentos de US$ 66,3 milhões (1.933,0%) para a Tailândia, de US$ 46,8 milhões (72,2%) para a Holanda, de US$ 41,8 milhões (199,8%) para o Vietnã e de US$ 40,3 milhões (2.748,7%) para Bangladesh.