No quarto trimestre do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 7,6 bilhões, o que significa um aumento de US$ 3,8 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (101,2%) bem superior à observada no País (4,1%), sendo a maior entre os 10 maiores estados exportadores. A variação do volume das exportações do RS foi positiva (18,4%) e ainda bem acima da observada em nível nacional (4,1%). Esse desempenho colocou o Estado em terceiro lugar entre os maiores exportadores — abaixo de São Paulo (22,42%) e Minas Gerais (13,73%) —, com 11,76% das exportações nacionais (Tabela 1).
As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 3,6 bilhões no período (acréscimos de 100,0% em valor, 13,8% em volume e 75,8% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram US$ 256,7 milhões (185,2% em valor, 172,6% em volume e 4,6% em preços) — Tabela 3. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, ressalta o aumento de US$ 292,0 milhões nas vendas de grãos de soja (7.325,4% em valor, 9.303,4% em volume e redução de 21,0% em preços) — Tabela 4.
Destaca-se, no trimestre, o crescimento de US$ 3,1 bilhões nas do setor outros equipamentos de transporte, resultante, principalmente, da exportação de duas plataformas de perfuração/exploração de petróleo. Salientam-se também, na indústria, os crescimentos de US$ 147,1 milhões nas exportações de produtos químicos (30,5% em valor, 25,4% em volume e 4,1% em preços), de US$ 62,6 milhões nas de derivados de petróleo (231,4% em valor, 236,1% em volume e redução de 1,4% em preços), de US$ 61,0 milhões nas de veículos automotores (18,7% em valor, 12,5% em volume e 5,5% em preços) e de US$ 43,5 milhões nas de couros e calçados (18,8% em valor, 5,3% em volume e -2,3% em preços). (Tabela 5).
Considerando-se os principais países de destino, a ênfase recai no crescimento de US$ 1,9 bilhão para os Países Baixos e de US$ 1,2 bilhão para o Panamá, ambos devidos a exportações de plataformas de petróleo. Constata-se também que houve crescimento de US$ 191,0 milhões (47,1%) para a China, de US$ 182,5 milhões (292,4%) para a Coréia do Sul e de US$ 114,6 milhões (41,1%) para os Estados Unidos (Tabela 6).
No acumulado do ano até dezembro, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 25,1 bilhões, o que significou um aumento de US$ 7,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (44,3%) bem superior à observada no País (-0,2%), sendo a maior dentre os 10 maiores estados exportadores. A variação do volume das exportações do Estado foi positiva (16,8%) e ainda bem acima da ocorrida em nível nacional (4,1%). Esse crescimento em volume foi o segundo maior dentre o dos 10 maiores estados exportadores, sendo superado apenas pelo do Mato Grosso (17,13%). No ano, o Estado atingiu a terceira posição entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (23,25%) e Minas Gerais (13,81%) e acima do Rio de Janeiro (8,78%) —, com 10,36% das exportações nacionais, maior valor desde 2003 (Tabela 2).
As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 5,4 bilhões no acumulado do ano (37,3% em valor, 3,7% em volume e 32,4% nos preços), enquanto as agropecuárias aumentaram US$ 2,4 bilhões (87,3% em valor, 88,8% em volume e redução de 0,7% nos preços) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se os grãos de soja, que atingiram o valor de US$ 4,2 bilhões, ou seja, 16,84% do total das exportações estaduais. Salientam-se os acréscimos de US$ 2,3 bilhões nas vendas de grãos de soja (113,9% em valor, 119,5% em volume e -2,5% em preços) e de US$ 214,2 milhões nas exportações de milho (660,3% em valor, 810,6% em volume e -16,5% em preços) — Tabela 8. Do total das exportações de soja no ano, US$ 3,6 bilhões (85,23%) tiveram como destino a China.
Na indústria de transformação (Tabela 9), salienta-se o crescimento de US$ 4,8 bilhões no setor outros equipamentos de transporte devido à exportação de três plataformas de perfuração/exploração de petróleo. Com menor intensidade, aparece o crescimento de US$ 234,7 milhões nas exportações de derivados de petróleo (195,4% em valor, 201,6% em volume e -2,1% em preços), de US$ 233,1 milhões nas de produtos químicos (11,4% em valor, 14,0% em volume e -2,3% em preços), de US$ 193,4 milhões nas de veículos automotores (16,7% em valor, 12,7% em volume e 3,5% em preços), de US$ 108,6 milhões nas de couros e calçados (11,9% em valor, 12,3% em volume e -0,3% em preços) e de US$ 105,0 milhões nas de fumo (4,7% em valor, -2,1% em volume e 7,0% em preços) Destaca-se negativamente o decréscimo de US$ 303,0 milhões nas exportações de produtos alimentícios (-6,7% em valor, -8,5% em volume e 2,0% em preços), de US$ 71,8 milhões nas de máquinas e equipamentos (-5,0% em valor, -5,4% em volume e 0,4% em preços) e de US$ 38,2 milhões no setor de produtos de metal (-10,5% em valor, -3,4% em volume e -7,3% em preços). No setor produtos alimentícios, são significativas as reduções de US$ 164,2 milhões nas exportações de óleo de soja e de US$ 161,3 milhões nas de arroz.
No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), têm ênfase no acumulado do ano as exportações de US$ 4,6 bilhões para a China, representando 18,14% do total exportado pelo Estado no ano. Salienta-se o crescimento de US$ 2,9 bilhões para o Panamá (duas plataformas de petróleo), de US$ 1,9 bilhão para a Holanda (uma plataforma de petróleo), de US$ 1,7 bilhão (59,1%) para a China, de US$ 356,7 milhões (23,2%) para a Argentina, de US$ 344,6 milhões (113,7%) para a Coréia do Sul, de US$ 283,7 milhões (20,9%) para os Estados Unidos, de US$ 186,7 milhões (35,3%) para o Paraguai e de US$ 183,4 milhões (187,8%) para a Tailândia. Como destaque negativo, registra-se a redução de US$ 129,1 milhões (-35,1%) para a França.