Nos primeiros 10 meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 16,2 bilhões, o que significou uma redução de US$ 5,1 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (-23,9%) bem inferior à observada no País (-4,2%), com o volume exportado registrando queda de 24,1%, bem abaixo do nacional (-0,2%). No ano, o Estado atingiu a quarta posição entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (22,43%), Minas Gerais (13,02%) e Rio de Janeiro (10,02%) e acima do Paraná (7,36%) —, com 8,46% das exportações nacionais (Tabela 2).
As exportações da indústria de transformação registraram uma queda de US$ 4,5 bilhões no acumulado do ano (-27,7% em valor, -28,7% em volume e 1,3% em preços), enquanto as exportações agropecuárias recuaram US$ 612,3 milhões (-12,3% em valor, -7,2% em volume e -5,6% em preços) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se os grãos de soja, que atingiram o valor de US$ 3,9 bilhões, ou seja, 24,2% do total exportado pelo Estado. Salientam-se os decréscimos de US$ 269,3 milhões nas vendas de grãos de soja (-6,4% em valor, -3,2% em volume e -3,4% em preços) e de US$ 326,5 milhões nas exportações de trigo (-97,3% em valor, -97,2% em volume e -3,4% em preços) — Tabela 8. Do total exportado de soja no ano, US$ 3,5 bilhões (90,4%) foram embarcados para a China.
Na indústria de transformação (Tabela 9), salienta-se a redução de US$ 3,6 bilhões no setor outros equipamentos de transporte (plataformas de petróleo, em 2013). Com menor intensidade, aparecem as quedas de US$ 386,8 milhões nas exportações de fumo (-18,8% em valor, -17,4% em volume e -1,6% em preços); de US$ 340,3 milhões nas de veículos automotores (-30,4% em valor, -30,0% em volume e -0,6% em preços); de US$ 178,4 milhões nas de máquinas e equipamentos (-15,6% em valor, -12,2% em volume e -3,9% em preços); e de US$ 125,9 milhões nas de químicos (-6,7% em valor, -8,8% em volume e 2,4% em preços). Destacam-se, positivamente, os acréscimos de US$ 154,4 milhões nas exportações de derivados de petróleo (57,1% em valor, 60,3% em volume e -2,0% em preços) e de US$ 100,0 milhões nas de couros e calçados (12,08% em valor, 5,4% em volume e 6,2% em preços).
No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), têm ênfase, no acumulado do ano, as exportações de US$ 4,3 bilhões para a China, representando 26,55% do total exportado pelo Estado no ano. Salientam-se as reduções de US$ 1,98 bilhão (-81,4%) para a Holanda (plataforma de petróleo); de US$ 1,7 bilhão (-98,6%) para o Panamá (plataforma de petróleo); de US$ 453,8 milhões (-28,3%) para a China; de US$ 226,5 milhões (-16,0%) para os Estados Unidos; e de US$ 208,8 milhões (-64,9%) para Taiwan. Como destaques positivos, registram-se os aumentos de US$ 187,7 milhões (32,0%) para o Paraguai; de US$ 173,2 milhões (151,3%) para o Vietnã; de US$ 111,2 milhões (92,0%) para a Rússia; e de US$ 97,0 milhões (37,6%) para a Venezuela.
No resultado mensal, as exportações alcançaram o valor de US$ 1,5 bilhão, que representou uma redução de US$ 2,3 bilhões em relação ao mesmo mês do ano anterior, decorrente de uma variação negativa de 59,8% no valor exportado (-31,2% em volume e -41,6% em preços). No País, houve um decréscimo de US$ 4,9 bilhões em relação a outubro de 2013 (-19,7% em valor, -11,9% em volume e -8,8% em preços). No mês, o Estado ocupou a terceira posição nas exportações nacionais — abaixo de São Paulo (24,82%) e Minas Gerais (13,06%) e acima do Rio de Janeiro, com uma participação 8,36%.
Houve diminuição das exportações da agropecuária (US$ 204,1 milhões) e da indústria de transformação (US$ 2,1 bilhões). Na agropecuária, destaca-se a queda de US$ 194,2 milhões nas exportações de grãos de soja (-74,5% em valor, -71,3% em volume e -11,3% em preços). Na indústria, salientam-se os decréscimos de US$ 1,9 bilhão dos setores de outros equipamentos de transporte — devido à exportação de uma plataforma de petróleo em outubro de 2013 —; de US$ 65,9 milhões (-42,9%) de veículos automotores; de US$ 61,8 milhões (-17,7%) de fumo; e de US$ 26,2 milhões (-20,4%) de máquinas e equipamentos. Destaca-se, positivamente, o crescimento de US$ 18,2 milhões (172,0%) no setor de derivados de petróleo.
Considerando-se os países de destino, ressaltam os decréscimos de US$ 1,9 bilhão (-96,4%) para a Holanda (plataforma de petróleo); de US$ 239,4 milhões (-57,6%) para a China; de US$ 71,6 milhões para a Argentina; e de US$ 59,2 milhões (-61,1%) para a Coreia do Sul. Destacam-se, positivamente, os aumentos de US$ 38,2 milhões (411,9%) para a Rússia; e de US$ 23,7 milhões (11.366,4%) para a Eslovênia. (Tabela 1, Tabela 4, Tabela 5 e Tabela 6).