Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 4,9 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um decréscimo de US$ 357,0 milhões. A variação do volume das exportações do Estado foi negativa (-20,1%) e bem abaixo da observada em nível nacional (3,6%). Os preços, por sua vez, apresentaram, no Estado, uma evolução superior (16,7%) à nacional (-6,4%). Como consequência desses resultados, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução inferior (-6,8%) à do País (-3,0%). Esse desempenho colocou o Rio Grande do Sul em sexto lugar entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (23,16%), Minas Gerais (13,98%), Rio de Janeiro (7,95%), Paraná (7,76%) e Mato Grosso (7,69%) —, representando 7,08% das exportações nacionais (Tabela 2).
As exportações da indústria de transformação atingiram 3,8 bilhões no ano, apresentando uma queda de US$ 251,3 milhões em relação ao ano anterior (reduções de 6,1% em valor e 27,6% em volume, com um crescimento de 29,7% em preços). As exportações agropecuárias alcançaram um valor de US$ 980,5 milhões, com uma queda de US$ 84,7 milhões (-8,0% em valor, 13,5% em volume e -18,9% em preços) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se o aumento de US$ 264,6 milhões das vendas de grãos de soja (64,1% em valor, 68,8% em volume e -2,8% em preços) e a redução de US$ 327,9 milhões das exportações de trigo (-97,8% em valor, -97,7% em volume e -4,1% em preços) — Tabela 8.
Na indústria de transformação (Tabela 9), salientam-se os decréscimos de US$ 124,4 milhões das exportações do setor de fumo (-30,1% em valor, -34,7% em volume e 7,0% em preços), de US$ 78,7 milhões de veículos automotores, incluindo peças e acessórios (-23,5% em valor, -23,1% em volume e -0,5% em preços), de US$ 62,3 milhões de químicos (-9,0% em valor, -12,7% em volume e 4,3% em preços) e de US$ 29,3 milhões no setor de máquinas e equipamentos (-7,2% em valor, -3,6% em volume e -3,7% em preços). No setor de veículos, ressaltam as reduções de US$ 43,2 milhões em automóveis e de US$ 23,1 milhões em cabines, carrocerias e reboques. No setor de máquinas e equipamentos encontram-se decréscimos de US$ 16,7 milhões em armas, munições e equipamentos militares e de US$ 10,1 milhões em máquinas agrícolas.
Destacam-se positivamente para o desempenho da indústria de transformação os aumentos de US$ 41,8 milhões nas vendas do setor de produtos alimentícios (3,7% em valor, 13,5% em volume e -8,7% em preços) e de US$ 27,9 milhões de couros e calçados (8,5% em valor, 2,9% em volume e 5,5% em preços). No setor de alimentos, constata-se a expansão de US$ 144,6 milhões nas exportações de farelo de soja e a queda de US$ 102,4 milhões nas de frangos.
No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), destacam-se, no acumulado do ano, as reduções de US$ 81,7 milhões (-16,2%) para a Argentina, de US$ 70,1 milhões (-16,0%) para os Estados Unidos, de US$ 66,9 milhões (-50,2%) para o Japão, de US$ 64,5 milhões (-49,7%) para a Coréia do Sul e de US$ 60,7 milhões (-58,4%) para a África do Sul. Salientam-se positivamente os crescimentos de US$ 302,1 milhões (63,4%) para a China, de US$ 88,4 milhões (521,9%) para o Vietnã, de US$ 49,0 milhões (222,5%) para a Eslovênia e de US$ 48,1 milhões (411,6%) para a Índia.
No resultado mensal, as exportações alcançaram um valor de US$ 1,7 bilhão, que representou uma queda de US$ 75,7 milhões (-4,4% em valor, -19,2% em volume e 18,3% em preços) em relação ao mesmo mês do ano anterior. No País, houve uma redução de US$ 907,1 milhões (-4,4% em valor, 5,5% em volume e -9,4% em preços). No mês, o Estado ocupou a quinta posição nas exportações nacionais — abaixo de São Paulo (22,43%), Minas Gerais (12,18%), Mato Grosso (9,89%) e Paraná (8,47%) —, com uma participação de 8,40%.
A agropecuária registrou um crescimento de US$ 146,7 milhões em relação a abril do ano anterior, ressaltando o crescimento de US$ 151,7 milhões (38,8% em valor, 42,4% em volume e -2,6% em preços) das exportações de grãos de soja. A indústria de transformação apresentou decréscimo de US$ 222,9 milhões, com destaque para as reduções de US$ 71,4 milhões no setor de químicos (-37,3% em valor, -42,9% em volume e 9,8% em preços), de US$ 60,8 milhões no de fumo (-48,6% em valor, -48,8% em volume e 0,3% em preços), de US$ 31,4 milhões no de máquinas e equipamentos (-24,4% em valor, -17,4% em volume e -8,5% em preços) e de US$ 31,0 milhões no de veículos automotores, incluindo peças e acessórios (-29,3% em valor, -28,6% em volume e -1,0% em preços). Destaca-se de forma positiva o crescimento de US$ 16,4 milhões nas exportações de produtos alimentícios (5,1% em valor, 13,4% em volume e -7,3% em preços), graças, fundamentalmente, ao crescimento de US$ 17,4 milhões nas de farelo de soja. Considerando-se os principais países de destino, salientam-se as quedas de US$ 57,6 milhões (-34,5%) para a Argentina, de US$ 35,6 milhões (-78,1%) para a Coréia do Sul, de US$ 34,3 milhões (-72,2%) para o Japão e US$ 31,9 milhões (-40,0%) para o Paraguai. (Tabela 1, Tabela 4, Tabela 5 e Tabela 6).