Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017

A evolução dos indicadores do mercado de trabalho na Região mostra que a última década foi
marcada pela redução das desigualdades entre mulheres e homens no âmbito laboral. A recessão que
atingiu o País no biênio 2015-16, contudo, interrompeu esse processo, manifestando-se de forma mais
intensa na elevação da taxa de desemprego entre as mulheres.

De acordo com as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), no ano de 2017 os efeitos da crise ainda se fizeram sentir sobre o mercado de trabalho, a despeito da lenta recuperação observada nos demais indicadores de atividade econômica. O nível ocupacional continuou reduzindo-se, ainda que em ritmo menor do que observado no ano anterior, a taxa de desemprego total apresentou nova elevação, e o rendimento médio real de ocupados e assalariados manteve a trajetória de redução observada nos dois anos anteriores.

O mundo do trabalho é um dos campos de maior importância para a vida social e para a constituição de uma cidadania digna. A população feminina, no entanto, continua enfrentando maiores dificuldades de inserção nesse mercado. Em 2017, as mulheres constituíram a maior parcela dos desempregados na RMPA, apesar da redução da sua participação na força de trabalho. Esse cenário contribuiu para reforçar os fenômenos estruturais que, em geral, manifestam a participação desigual das mulheres no mercado de trabalho, como a prevalência de ocupações de menor qualidade e formalização e a remuneração inferior comparativamente à dos homens.

O presente boletim faz uma análise dos indicadores sobre a inserção feminina no mercado de trabalho da RMPA para o ano de 2017, trazendo elementos relevantes sobre o papel da mulher no mercado de trabalho e na sociedade.

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