A inserção dos jovens no mercado de trabalho da RMPA – 2016

Este segundo Informe Especial analisa a inserção da população jovem, de 15 a 29 anos, no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A conjuntura adversa da economia brasileira, nos últimos dois anos, tem-se refletido na deterioração dos indicadores de mercado de trabalho. Nesse sentido, busca-se compreender como a crise econômica tem atingido os jovens da RMPA em termos de: níveis de emprego, desemprego e rendimentos.

Com base nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), este Informe Especial contempla a evolução demográfica e da força de trabalho jovem, a transição da escola para o trabalho, a inserção ocupacional, os rendimentos e os níveis de desemprego para esse segmento populacional no período de 2000 a 2016, com destaque para este último ano.

Considerando algumas referências a respeito da população jovem na RMPA, tem-se que, desde 2005, esse grupo etário vem apresentando retração. Isso, por si só, tem atenuado a pressão por ele exercida sobre o mercado de trabalho. Com relação aos jovens que somente estudam, observou-se que a tendência de aumento, iniciada nos anos 2000, se manteve no último ano, apesar da conjuntura adversa do mercado de trabalho. Isso indica que o processo de adiamento do ingresso dos jovens em atividades laborais não foi interrompido no contexto de crise. Verifica-se que, pelo menos até 2013, esse processo estava relacionado ao movimento de estruturação do mercado de trabalho regional, que se deu por meio da geração de empregos com registros formais, da redução do desemprego e da melhora dos rendimentos. Entretanto, o mesmo não pode ser atribuído ao período de 2015-16, em que se observa uma intensa deterioração desses indicadores de mercado de mercado de trabalho na RMPA.

Em 2016, o aumento na taxa de desemprego entre os jovens foi superior ao observado para a população em geral, e eles representavam mais da metade dos desempregados na RMPA. Além disso, os jovens tiveram uma retração no nível ocupacional mais intensa do que a registrada para os adultos, e o risco relativo de os jovens serem trabalhadores de baixos salários aumentou.

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