Exportações de alimentos são destaque em julho

Nos primeiros sete meses do ano, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 13,0 bilhões, o que significa um aumento de US$ 2,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em decorrência desse resultado, o valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (26,6%) bem superior à observada no País (-2,2%), sendo a maior entre os 10 maiores estados exportadores. A variação do volume das exportações do Estado foi positiva (8,3%) e ainda bem acima da ocorrida em nível nacional (2,2%). Esse crescimento em volume foi o segundo maior entre os 10 maiores estados exportadores, sendo superado apenas pelo do Mato Grosso (13,9%). No ano, o Estado atingiu a terceira posição entre os maiores estados exportadores — abaixo de São Paulo (23,36%) e Minas Gerais (14,11%) —, com 9,63% das exportações nacionais (Tabela 2).

As exportações da indústria de transformação registraram crescimento de US$ 1,6 bilhão no acumulado do ano (acréscimo de 19,7% em valor, queda de 2,9% em volume e aumento de 23,3% nos preços), enquanto as exportações agropecuárias aumentaram em US$ 1,1 bilhão (56,0% em valor, 51,8% em volume e 2,8% em preços) — Tabela 7. Dentre os principais produtos exportados pela agropecuária, destacam-se os acréscimos de US$ 937,9 milhões nas vendas de grãos de soja (60,4% em valor, 60,1% em volume e 0,2% em preços) e de US$216,5 milhões nas exportações de milho (784,4% em valor, 710,6% em volume e 9,1% em preços) — Tabela 8.

Na indústria de transformação (Tabela 9), salienta-se o crescimento de US$ 1,6 bilhão no setor de outros equipamentos de transporte, devido à exportação de uma plataforma de perfuração/exploração de petróleo. Com menor intensidade, aparecem os crescimentos de US$ 133,6 milhões nas exportações de derivados de petróleo (195,2% em valor, 215,0% em volume e -6,3% em preços), de US$ 80,2 milhões nas de produtos químicos (6,6% em valor, 12,5% em volume e -5,2% em preços), de US$ 66,3 milhões nas de metalurgia básica (121,6% em valor, 18,5% em volume e 87,0% em preços) e de US$ 62,9 milhões nas de veículos automotores (10,0% em valor, 7,9% em volume e 1,9% em preços). Destacam-se negativamente os decréscimos de US$ 312,3 milhões nas exportações do setor de alimentos e bebidas (-12,1% em valor, -19,4% em volume e 8,9% em preços) e de US$ 133,2 milhões nas de máquinas e equipamentos (-14,9% em valor, -14,8% em volume e 0,0% em preços). Ainda no setor de alimentos e bebidas, são significativas as reduções de US$ 212,4 milhões nas exportações de arroz, de US$ 159,8 milhões nas de óleo de soja e de US$ 68,2 milhões nas de farelo de soja.

No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado (Tabela 10), têm ênfase, no acumulado do ano, os crescimentos de US$ 1,6 bilhão para o Panamá (plataforma de petróleo), de US$ 678,8 milhões para a China (38,4%), de US$ 204,5 milhões para a Coréia do Sul (127,5%), de US$ 155,6 milhões para a Argentina (18,0%), de US$ 153,1 milhões para Taiwan (288,6%), de US$ 131,7 milhões para o Paraguai (43,1%) e de US$ 118,7 milhões para os Estados Unidos (16,6%). Como destaques negativos, registram-se as reduções de US$ 83,8 milhões para a Holanda (-20,7%) e de US$ 67,7 milhões para a França (-33,3%).

No resultado de julho, as exportações alcançaram um valor de US$ 1,9 bilhão, o que representou um aumento de US$ 105,3 milhões (5,9% em valor, 3,8% em volume e 2,0% em preços) em relação ao mesmo período do ano anterior. No País, houve um decréscimo de US$ 196,5 milhões (-0,9% em valor, 2,8% em volume e -3,6% em preços). Com esses resultados, o Estado ocupou a terceira posição nas exportações nacionais — abaixo de São Paulo (23,71%) e Minas Gerais (14,05%) —, com uma participação de 9,01%. (Tabela 1).

Destaca-se, no mês, o crescimento de US$ 101,3 milhões nas exportações da indústria de transformação (7,8% em valor, 4,7% em volume e 2,9% em preços). (Tabela 3). Salientam-se os crescimentos de US$ 46,1 milhões nas exportações de produtos alimentícios (11,6% em valor, 8,4% em volume e 3,0% em preços), de US$ 29,9 milhões nas de máquinas e equipamentos (28,9% em valor, 23,2% em volume e 4,7% em preços) e de US$ 25,4 milhões nas de produtos químicos (15,3% em valor, 14,0% em volume e 1,1% em preços). (Tabela 4).

Considerando-se os países de destino, a ênfase recai sobre os crescimentos de US$ 66,6 milhões para a Argentina (61,5%) e de US$ 46,3 milhões para a Coréia do Sul (230,1%) (Tabela 6).