Emprego formal celetista no agronegócio gaúcho cresce em fevereiro

Em fevereiro de 2016, o saldo do emprego formal celetista no agronegócio, medido pela diferença entre trabalhadores admitidos e desligados, foi positivo no Rio Grande do Sul. Houve ganho de 6.086 postos de trabalho com carteira assinada.

No acumulado de janeiro a fevereiro, o saldo também foi positivo (15.185 postos). Porém, apesar do crescimento observado em 2016, o total de empregos formais no agronegócio gaúcho segue inferior ao observado em fevereiro de 2015 (-0,3%).

As atividades agroindustriais, processadoras de matéria-prima agropecuária, foram as principais responsáveis pelo crescimento do emprego formal do agronegócio gaúcho em fevereiro. Merecem destaque os setores de fabricação de produtos do fumo, (mais 3.041 postos) e de moagem e fabricação de produtos amiláceos (mais 965 postos). Na agropecuária — núcleo do agronegócio —, os setores com maior saldo positivo foram os de lavouras permanentes (mais 626 postos) e lavouras temporárias (mais 587 postos). Dentre os setores onde a diferença entre admitidos e desligados foi negativa, destacam-se os de fabricação de conservas (-209 postos), fabricação de bebidas alcoólicas (-112 postos) e fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (-107 postos). Os resultados setoriais para o acumulado do ano são apresentados no gráfico abaixo.

Refletindo a estrutura produtiva regional, em fevereiro, os municípios com maior saldo no emprego com carteira assinada foram Santa Cruz do Sul (mais 1.951 postos) e Venâncio Aires (mais 1.164 postos). Esse resultado é explicado, sobretudo, pela elevação das contratações no setor de fabricação de produtos do fumo. Bento Gonçalves e Taquara foram os municípios com maior saldo negativo no mês (-117 e -89 postos), afetados, principalmente, pela redução de empregos nas atividades de fabricação de vinhos e fabricação de laticínios.

No acumulado do ano, Vacaria (mais 5.564 postos), Santa Cruz do Sul (mais 2.473 postos), Venâncio Aires (mais 1.689 postos) e Bom Jesus (mais 858 postos) lideram o ranking de municípios gaúchos com maior crescimento de empregos formais no agronegócio. O resultado expressivo de Vacaria e Bom Jesus é explicado, principalmente, pela elevação das contratações temporárias associadas ao período da colheita da maçã. Até fevereiro de 2016, o município gaúcho com maior perda de empregos formais no agronegócio foi Cruz Alta (-462 postos), movimento decorrente da dinâmica sazonal da atividade de produção de sementes certificadas.

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NOTA: As estatísticas de emprego do agronegócio calculadas pela FEE abrangem exclusivamente o emprego formal celetista (com carteira assinada). Portanto, não alcançam a totalidade do pessoal ocupado — formal ou informalmente — nas atividades econômicas do agronegócio. Para maiores informações sobre os procedimentos metodológicos e as fontes dos dados brutos, consultar a Nota Técnica.

FEE/Centro de Estudos Econômicos e Sociais/Núcleo de Estudos do Agronegócio